Surtiu efeito

Após protesto, vigilantes da UFPel recebem salário

Os 64 profissionais que atuam na universidade estavam com o pagamento atrasado há nove dias

Já era próximo do meio-dia desta quinta-feira (17), quando os vigilantes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) receberam o salário de março, que estava atrasado há nove dias. Mais cedo, um protesto bloqueou a entrada de veículos no Campus Anglo, no Porto. A UFPel afirma que os pagamentos à empresa terceirizada MW Segurança estão em dia.

De acordo com o Sindicato dos Vigilantes de Pelotas e Região, os 64 trabalhadores que atuam no local deveriam ter recebido no dia 8 de março. O presidente da entidade, Marcelo Puccinelli, conta que no mês passado a empresa também atrasou por quatro dias a quitação dos salários.

Em busca de soluções, o Sindicato organizou um protesto na manhã de ontem. O grupo de aproximadamente 30 pessoas permaneceu no local das 6h30min até as 10h. O portão de acesso para os veículos só foi liberado após o responsável pela MW enviar à universidade um ofício se comprometendo a realizar o pagamento - o que ocorreu poucas horas depois.

Atraso poderá ter consequências

Em função do atraso superior a uma semana do pagamento dos vigilantes, o Sindicato entrou com um processo no Ministério do Trabalho pedindo uma multa. Segundo Puccinelli, o pedido é por compensação de um dia de serviço para cada dia de atraso. "O trabalhador paga juros na luz, na água, em tudo. Por que a empresa não vai pagar?", questiona. Uma audiência está marcada para o próximo dia 22.

O sindicalista também demonstra preocupação com o futuro dos vigilantes. "A empresa está recém com dez meses de contrato e já está atrasando salário. Imagina quando começarem a vir as férias. Se ela [MW] não tem capital de giro, como ela mesmo diz, não vai conseguir sobreviver", resume.

O que diz a UFPel

Segundo o pró-reitor administrativo da universidade, Ricardo Peter, todos os pagamentos às empresas terceirizadas estão sendo realizados dentro do prazo. "Mesmo que tivesse atrasado, não daria o direito da empresa atrasar o salário do seu profissional. Uma coisa é a relação da UFPel com a empresa e outra coisa é a dela com o trabalhador", comenta. Por conta da demora, a UFPel informou que tomará providências administrativas.

Peter explica que a instituição recebeu recursos do governo federal na última quarta-feira e adiantou o pagamento da MW. "Essa nota de janeiro, paga ontem, foi emitida somente no dia 25 de fevereiro, então teríamos no mínimo até 27 de março", explica o pró-reitor.

A situação funciona da seguinte maneira: após um mês de serviço, a empresa deve apresentar alguns documentos, como comprovantes de vale transporte, vale alimentação e salário, entre outros. Logo após, a UFPel tem um prazo para analisar o que foi entregue e verificar se está tudo de acordo com o serviço prestado. A partir daí, a universidade sinaliza para a terceirizada o valor da nota fiscal. Após emitida, a universidade tem um prazo para atestar o que foi feito. Na sequência, a UFPel tem 30 dias para realizar o pagamento.

A reportagem do Diário Popular entrou em contato por telefone com a empresa MW Segurança, que fica em Vera Cruz, município vizinho de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, mas ninguém quis se manifestar.

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